terça-feira, 23 de setembro de 2014

Colágeno, as funções dessa proteína vão bem além de manter a pele firme.


Estampado nos rótulos de xampus, hidratantes e produtos alimentícios, o colágeno figura no imaginário popular como sinônimo de uma pele firme e de cabelos resistentes, devido às suas propriedades de sustentação e elasticidade. Menos popular e mais vital, porém, é a sua capacidade de fortalecer as cartilagens. "Essas estruturas é que atenuam o atrito entre os ossos, evitando a osteoartrite, ou seja, a inflamação das articulações, que ficam desgastadas especialmente nos quadris, nas mãos, nos ombros e nos joelhos", esclarece a nutricionista Nadia Brito, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O quadro se acentua com o o envelhecimento e com o sobrepeso", alerta. 
A comida, diga-se, não entrega o colágeno de mão beijada. Mas as refeições abrigam a matéria-prima para sua fabricação dentro das células cartilaginosas. "Batizadas de condroblastos, essas unidades se valem dos aminoácidos glicina, prolina e hidroxiprolina, partículas proteicas provenientes dos alimentos de origem animal - como carnes vermelhas e ovos -, prontas para formar moléculas maiores, os peptídeos", descreve, em detalhes, a nutricionista Andrea Frias, coordenadora do Centro de Pesquisas Sanavita, em São Paulo. "São esses peptídeos que dão origem às fibras colágenas, capazes de amortecer o impacto articular com força comparável à de um fio de aço." 

Dose diária

Embora seja difícil mensurar em cada proteína a quantidade exata da tríade de aminoácidos formadores de colágeno, os especialistas garantem que incluir os alimentos certos nas refeições garante o aporte dos 10 gramas diários de que o organismo necessita. O pré-requisito inegociável você já conhece: a fonte proteica precisa ser de origem animal. "Carnes vermelhas, frango, peito de peru, peixes, ovos, queijo, leite e iogurte desnatado são as melhores apostas", 

O destino do nutriente 

O colágeno também constitui o tendão de aquiles, a ponta do nariz, os ossos e a conexão entre as costelas torácicas anteriores. "Os discos intervertebrais e uma das camadas das artérias são, ainda, formados por um tipo especial dessa proteína, chamado elastina", explica o cientista de alimentos Jaime Farfan, da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. Por fim, o humor vítreo - substância ocular que preenche a área entre o cristalino e a retina - e músculos que revestem órgãos como o intestino também contam com o colágeno em sua composição. 

Casais perfeitos 


Combinações à mesa que ajudam na produção proteica:

1. Peixe e rúcula: o ferro dos vegetais verde-escuros contribui com o processo de formação de colágeno. Aposte em pescados com rúcula e agrião. 
2. Bife e suco: a bebida feita com laranja e acerola fornece vitamina C, que também dá uma força nesse processo. Ele pode acompanhar o bife do almoço. 
3. Frango e tomate: para que o consumo do frango resulte em uma fabricação de colágeno eficiente, consuma-o com tomate-cereja, que provê o auxílio das vitaminas A e C. 
4. Gelatina e companhia: contrariando a crença popular, a sobremesa está longe de ser a melhor coadjuvante na fabricação de colágeno. "A maioria das gelatinas contém uma quantidade insignificante de proteína", desmitifica Andrea Frias. "A exceção são os produtos com colágeno hidrolisado", ressalta Jaime Farfan. O mesmo vale para geleias de mocotó e balas de colágeno. 

Os aliados


Veja as quantidades totais de proteínas em 100 gramas de alguns alimentos. Elas contêm aquele trio de aminoácidos essencial para a formação de colágeno.

1. Carne vermelha: o contrafilé grelhado, por exemplo, fornece 35,9 gramas.
2. Frango: grelhado, ele oferece 32 gramas.
3. Peixe: o atum é uma boa pedida e tem 26,2 gramas de proteína.
4. Queijos: o minas conta com 17,4 gramas de proteína. Procure alterná-lo com o cottage 
5. Ovo: quando cozido, seu valor proteico é de 13,3 gramas.

(Fonte: Revista SAÚDE)


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