segunda-feira, 30 de março de 2015

6 fitoterápicos adotados pelo SUS.

Cada vez mais prestigiadas pelo governo, as plantas já têm aval para tratar dor nas costas, gastrite e até colesterol alto. Não se trata de apoio ao qualquer chazinho, mas a medicamentos (cápsulas, extratos, pomadas...) feitos com vegetais. Os fitoterápicos do Sistema Único de Saúde (SUS) assim como todo aquele se preze possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.
É sempre bom lembrar que, em medicina, cada caso é um caso. De um modo geral, os fitoterápicos são utilizados em quadros mais leves ou quando não há resposta à opção sintética.
O caminho para os fitoterápicos entrarem de vez nas receitas deve passar por treinamento dos médicos, pesquisa e rigor nos quesitos eficácia, segurança e padronização. Da lista dos que já foram adotados pelo SUS, foram selecionados os mais recorrentes entre a população para saber quando eles seriam vantajosos.
 
GUACO
Esse arbusto tem longo currículo na medicina popular, como antídoto contra perrengues nas vias aéreas. Suas propriedades bronco dilatadoras e expectorantes lhe renderam a inclusão no rol do SUS. Hoje, seu xarope entra como um bom coadjuvante no tratamento de bronquites e infecções respiratórias.

ESPINHEIRA SANTA
Típica da Mata Atlântica, ela ostenta o status de planta antigastrite e se apresenta na forma de cápsula ou soluções a serem misturadas em água. Estudos mostram que os extratos da folha contêm flavonoides e taninos, que atuam na cicatrização do estômago. Graças a esses componentes, o fitoterápico ajuda a tratar inflamações nesse órgão e até mesmo úlceras. Como as gastrites costumam ser crônicas, a espinheira-santa seria coadjuvante ou alternativa às drogas sintéticas no controle de casos leves ou moderados.
 
ALCACHOFRA
Essa flor comestível, muito apreciada na culinária, fornece ingredientes para um fitoterápico destinado a silenciar desconfortos após a refeição e auxiliar a reduzir os níveis de colesterol. Estamos falando aqui de cápsulas do extrato da planta, que devem ser receitadas por um médico. Elas não substituiriam de vez as estatinas, drogas contra o colesterol, mas representam uma opção a pacientes com níveis não muito elevados. Esse fito seria uma alternativa especialmente nos casos em que as estatinas provocam muitos efeitos colaterais, como dores musculares.

ISOFLAVONA DE SOJA
Suas cápsulas buscam aliviar sintomas do climatério, período em que vai cessando a produção dos hormônios femininos. A isoflavona é eficaz para mulheres que apresentam sintomas leves ou moderados, como ondas de calor, dificuldades para dormir, mudanças de humor e diminuição da libido. A reposição hormonal convencional, com drogas sintéticas, não pode ser trocada pelo fármaco à base da soja. A isoflavona é mais adequada para os casos em que há contraindicação à terapia tradicional.
 
HORTELÃ
A Mentha piperita aparece na lista do SUS por tratar distúrbios gastrointestinais, como quadros iniciais da síndrome do cólon irritável. Suas cápsulas ainda ajudam a brecar gases e enjoos. Como existem muitas variedades de hortelã, suas indicações também variam bastante. Essa é uma das características que dificultam a criação de um remédio padronizado. Assim, ainda não se recomenda o vegetal para fazer frente a problemas intestinais mais intensos.

BABOSA
Muito comum em xampus e cremes, a Aloe vera é recomendada também para sanar queimaduras de primeiro e segundo grau. Estudos da Universidade Católica de Santos, no litoral paulista, mostram que componentes químicos da babosa, como a barbalodina e a aloína, ajudam a cicratizar e regenerar a pele. Mas só nesse tipo de aplicação mesmo, e sempre em forma de gel ou pomada. O consumo de bebidas com babosa está proibido pela Anvisa: a planta tem compostos que fazem mal quando ingeridos.
 
Prestigiados pelo governo, os remédios à base de plantas estão em alta.
 
 
(Fonte: Revista SAÚDE)

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