terça-feira, 22 de setembro de 2015

Leites vegetais.

 
Elas vieram de mansinho, na cola do leite de soja, e ganharam cada vez mais espaço nas prateleiras do supermercado. Estamos falando das bebidas feitas com extrato de cereais, sementes e oleaginosas, a exemplo de arroz, aveia e amêndoas. Por causa da coloração e da textura semelhantes às do leite de vaca, passaram a ser chamadas de leites vegetais. O que mais tem atraído o consumidor nessa categoria é a ausência de lactose e, na maioria dos casos, de glúten, substâncias que caíram em descrédito e sumiram da mesa de muita gente.
E essas bebidas carregam vantagens que agradam à saúde de qualquer um, como o baixo teor de gorduras saturadas e a forte presença de fibras, que ajudam no controle do colesterol e no funcionamento do intestino. As fórmulas ainda costumam contar com magnésio e vitaminas do complexo B, aliados do sistema nervoso. Até aí, tudo fantástico. Mas a história tem seus poréns. Um dos alertas vem do médico Paulo Henkin, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia: "Muitas vezes esses extratos são até mais calóricos do que o leite, por causa do teor de gorduras insaturadas. Sem falar que podem ser um problema para os alérgicos a oleaginosas".
Na hora de decifrar a embalagem, um nutriente que requer avaliação minuciosa é o cálcio, tão essencial para os ossos e dentes que sua ausência encurta o caminho para a osteoporose. Ainda que alguns extratos vegetais sejam enriquecidos com esse mineral, nem sempre a quantidade é suficiente para nos auxiliar a atingir a meta de consumo diário, que é de 1 mil miligramas. E olha o drama: 100 gramas de arroz concentram míseros 4 miligramas de cálcio, por exemplo. Só para comparar, um copo de leite de vaca costuma ter entre 250 e 350 miligramas do mineral.
É por essas e outras que os especialistas afirmam que as bebidas vegetais não devem ser vistas como substitutas dos laticínios tradicionais para todo mundo. E, a fim de evitar confusões, o certo seria chamá-las de extrato -- não de leite. Falando assim, até parece que há uma puxação de saco pro lado do produto da vaca. Na verdade, o ideal é enxergar esses alimentos como coisas diferentes, mas que podem se complementar e, de quebra, permitir novas experiências gastronômicas. Veja, agora, esses tais leites vegetais:
 
CASTANHA DE CAJU
Destaque: tem magnésio e antioxidantes.
Desvantagem: a casca pode disparar reações alérgicas em algumas pessoas.
Como consumir: em receitas, puro ou batido com frutas.
 
ARROZ
Destaque: presença de vitamina D e baixas calorias.
Desvantagem: feito em casa, o extrato fica pobre em cálcio e proteínas.
Como consumir: por ser mais ralo, vale usar em receitas de molhos, pães e bolos.
 
AMÊNDOA
Destaque: rico em potássio, magnésio e fibras.
Desvantagem: seu cálcio não é tão bem aproveitado pelo corpo.
Como consumir: de sabor suave, pode ser consumido puro ou adoçado com mel.
 
SOJA
Destaque: é fonte de potássio e magnésio.
Desvantagem: a isoflavona, em excesso, pode causar alterações hormonais.
Como consumir: em receitas doces ou batido com frutas.
 
AVEIA
Destaque: possui fibras, vitamina E e outros antioxidantes.
Desvantagem: o excesso pode causar flatulência.
Como consumir: puro, batido com frutas ou com cereais.
 
QUINUA
Destaque: reúne proteínas, cálcio e ferro.
Desvantagem: é um tantinho mais calórico.
Como consumir: em receitas doces e salgadas ou batido com frutas.
 
NOZES
Destaque: fornece vitamina E e gorduras boas.
Desvantagem: o sabor é muito acentuado.
Como consumir: em receitas doces ou batido com banana e aveia.
 
 
(FONTE: REVISTA SAÚDE)

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